sexta-feira, 20 de março de 2009

POEMA - I



A vida...
É como um poema feito majestade ao convívio da dança...
Como a bailarina azul a procura de um novo palco,
Uma porta se abrindo...
Uma mão estendida!!!
E assim trago na bagagem de onde venho
Os sonhos que ainda não tive,
Símbolos e origens que passeiam na memória
Do tempo como um maravilhoso vulcão escondido Em cada coração...
Em cada alma























quarta-feira, 18 de março de 2009

NOITES ALADAS



Hoje não tenho memória,
não creio no mundo,
meus pensamentos voaram,
se perderam...
seguindo uma visão...

rompendo o âmago do tempo
e do espaço,
atravessaram o portal
da imaginação,

pareciam anjos benditos,
visitando mortais
em noites aladas.

Seu canto povoava o deserto,
segredando os destinos descritos...
destinos que aparentemente
desatentos ao acaso,
como encantamento de almas,
passeiam e pousam
na minha janela
todas as noites.

AMANHÃ


EU VOU SAIR

Amanhã quando o sol
estiver baixando
eu vou sair.

Não levarei nada comigo,
apenas os meus sentimentos...
sentimentos que
não tomaram forma,
porque nenhuma outra forma
seria igual aos que vi somente em sonho...

...aqueles que meus olhos viram
antes que eles pudessem
se apresentar.

Vou chegar amanhã
junto com o sol!

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

MEU CANTO À CHUVA















Chamei pela chuva suave,
gritei pelo sol brando
posto ainda tão longe
que arremessassem da terra
o vigor da vida.
Murmurei a calmaria
dos mares
e vi tuas luzes se levantarem,
como impulsos dos braços,
feito pássaros que voam
sem destino!
A memória de tudo
que passeia no tempo,
onde tudo se refaz
se recompondo os pedaços!

E tudo isso parecia uma árvore, um arbusto
mesmo quando plantados
a força entre as grandes
do tempo.

Antonieta de Sant´Ana

sábado, 6 de outubro de 2007

MADRUGADA




















MADRUGADA

Vou abrir minha porta,
te prender no céu
de minha janela,
te guardar na minha caixa
de pandora.
É pura madrugada,
eu te espero,
é tão sagrada tua chegada...
é como a terra seca
a espera da chuva,
aquela que até mesmo o sol
anseia para encantar
os campos
que cantam a tua presença.

Antonieta de Sant´Ana

AMAZÔNIA

Poema número 2
Rio Negro, 2/07/02 a bordo do Barco Anaconda.

Amazônia
Não há balança que pese tua formosura,
Nem olhar que decifre teus mistérios
Majestosa entre rios, florestas imensas e gloriosas.
Entre todas és a mais bela.
Diante de ti todos os povos
Vêm se curvar, é um bem supremo
E salvaguarda da humanidade.

Poderias revoltar-te
E contra teus algozes salvar-te ainda que tarde.
Poderias tu levantar teus imensos braços
E cobrir-te com teus lençóis?
E num ritual festivo
Teus filhos e filhas num cortejo triunfal,
Diante de queimadas e moto-serra
Apagar para sempre os rastros da morte.
Refletem em tuas águas azuis e negras
O céu dos deuses e mitos
Que te vigiam e te guardam o sonho
Dos antigos reis e rainhas.
Sempre bela! Não me sinto só diante dela!
Sempre verde embora queimada
Guardas em tuas copas douradas do outono
A luz filtrada e encantada
Pelo silêncio e a paz de um paraíso solitário
Equilíbrio do mundo voz gritante, desafio dos mortais!

Antonieta de Sant´Ana